Reproduzo abaixo comentário que deixei no Diário Gauche. Como sei que a campanha: Imprensa livre, orçamento zero para comunicação social dos governos, jamais irá repercutir e encontrar eco nem no mundo político, nem no mundo midiático, faço uma breve pausa no silêncio de Patruvius devido ao teor potencialmente cívico que a campanha teria para a entendiante e enojante cena pública brasileira.
Oi Cristovão,
de fato, me parece que a Grande Mídia no Brasil exige um privilégio como se fosse um direito, a saber, cobiçam as verbas governamentais para fechar suas contas, financiar suas festinhas e seus asseclas. Contudo, julgo que o raciocínio consequente deveria ir ainda mais longe: por que os governos no país, de um modo geral, gastam e deveriam gastar tanto com comunicação social? Por que R$90.000.000,00 de gastos desse tipo no RS, onde, sabidamente, os serviços sociais estão precaríssimos? Por que a Petrobrás e os ministérios detém polpudas verbas publicitárias? Publicidade não é core business, para usar uma expressão empolada, de uma cia de prospecção de petróleo. Para haver isenção da imprensa, não podem haver conflitos de interesses; fato que me parece inevitável quando o governo, bem como seus braços institucionais, como bancos e estatais, é o principal patrocinador. Será que sem as verbas de publicidade as "empresas de comunicação" das famílias Sirotsky, Sarney, Magalhães, etc, etc seriam tão "isentas" e poderosas? Urge, para bem do civismo brasuca, que os gastos em comunicação social dos governos sejam zerados. Orçamento zero para comunicação social! A não ser, claro, em calamidades ou campanhas de interesse público.
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