quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
Créditos de carbono na barra lateral
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
O reposicionamento da estratégia americana sobre energia
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
A democracia torna as pessoas melhores?
Questão antiga, tema atual...
Zeus, entonces, temió que sucumbiera toda nuestra raza, y envió a Hermes que trajera a los hombres el sentido moral y la justicia, para que hubiera orden en las ciudades y ligaduras acordes de amistad. Le preguntó, entonces, Hermes a Zeus de qué modo daría el sentido moral y la justicia a los hombres: «¿Las reparto como están repartidos los conocimientos? Están repartidos así: uno solo que domine la medicina vale para muchos particulares, y lo mismo los otros profesionales. ¿También ahora la justicia y el sentido moral los infundiré así a los humanos, o los reparto a todos?» «A todos, dijo Zeus, y que todos sean partícipes. Pues no habría ciudades, si sólo algunos de ellos participaran, como de los otros conocimientos. Además, impón una ley de mi parte: que al incapaz de participar del honor y la justicia lo eliminen como a una enfermedad de la ciudad.»
terça-feira, 20 de janeiro de 2009
Filósofo: merecedor de açoites
A censura ao filósofo, Sócrates, encontra-se no Górgias de Platão.
Certamente é o ataque mais eloqüente contra a filosofia que já li.
Cada vez me impressiono mais com Platão: de fato, está tudo ali.
A filosofia, Sócrates, é de fato, muito atraente para quem a estuda com moderação na mocidade, porém acaba por arruinar quem a ela se dedica mais tempo do que fora razoável. Por bem dotada que seja uma pessoa, se prosseguir filosofando até uma idade avançada, forçosamente ficará ignorando tudo o que importa conhecer o cidadão prestante e bem-nascido que ambicionar distinguir -se. De fato, não somente desconhecerá as le is da cidade, como a linguagem que será preciso usar no trato público ou particular, bem como carecerá de experiência com relação aos prazeres e às paixões e ao caráter geral dos homens. Logo que procuram ocupar-se com seus próprios negócios ou com a política, tornam-se ridículos, como ridículos, a meu ver, também se tornam os políticos que se dispõem a tomar parte em vossas reuniões e vossas disputas. Aplicam-se-lhes as palavras de Eurípides, quando diz que todo indivíduo brilha naquilo em que aplica a maior parte de seus dias e entre todos os outros se distingue. Mas evita e critica aquilo em que é inferior, elogiando o oposto, levado pelo sentimento de parcialidade, o que é uma maneira de elogiar a si mesmo. No meu modo de pensar, o certo será ocupar-se com ambas as coisas. É belo o estudo da filosofia até onde for auxiliar da educação, não sendo essa atividade desdouro para os moços. Mas prosseguir nesse estudo até idade avançada, é coisa supinamente ridícula, Sócrates, reagindo eu à vista de quem assim procede como diante de quem se põe a balbuciar e brincar como criança. Quando vejo uma criança na idade de falar dessa maneira, balbuciando e brincando, alegro-me e acho encantador o espetáculo, digno de uma criatura livre e muito de acordo com aquela fase da existência; porém se ouço uma criaturinha articular com correção as palavras, doem-me os ouvidos e acho por demais forçado essa maneira de falar, que se me afigura linguajar de escravos. Pelo contrário, um adulto falar ou brincar como criança é procedimento ridículo, indigno de homens e merecedor de açoites. É precisamente isso que se dá comigo com relação aos que se dedicam à filosofia. Alegra -me o espetáculo de um adolescente que se aplica no estudo dessa matéria; assenta -lhe bem semelhante ocupa ção, muito própria de um homem livre, como considero inferior e incapaz de realizar alguma ação bela e generosa quem nessa idade descura da filosofia. Mas, quando vejo um velho cultivá-la a destempo, sem renunciar a tal ocupação, um homem nessas condiçõe s, Sócrates, para mim é merecedor de açoites. Como disse há pouco, quem assim procede, por mais bem-dotado que seja, deixa de ser homem; foge do coração da cidade e das assembléias, onde, exclusivamente, no dizer do poeta, os homens se distinguem, para meter-se num canto o resto da vida, a cochichar com três ou quatro moços, sem jamais proferir um discurso livre, grande ou generoso.
quinta-feira, 15 de janeiro de 2009
A natureza da retórica no Górgias de Platão: combate
Sócrates — E, por isso mesmo que tal fato me causa admiração, Górgias, é que há muito te venho interrogando sobre a natureza da retórica. Afigura-se-me algo sobre -humano, quando a considero por esse prisma.
XI — Górgias — Quanto mais se soubesses tudo, Sócrates;: a retórica, por assim dizer, abrange o conjunto das artes, que ela mantém sob sua autoridade. Vou apresentar-te uma prova eloqüente disso mesmo. Por várias ve zes fui com meu irmão ou com outros médicos à casa de doentes que se recusavam a inge rir remédios ou a deixar-se amputar ou cauterizar; e, não conseguindo o médico persuadi-lo, eu o fazia com a ajuda exclusivamente da arte da retórica. Digo mais: se na cidade que quiseres, um médico e um orador se apresentarem a uma assembléia do povo ou a qualquer outra reunião para argumentar sobre qual dos dois deverá ser escolhido como médico, não contaria o médico com nenhuma probabilidade para ser eleito, vindo a sê-lo, se assim o desejasse, o que soubesse falar bem. E se a competição se desse com representantes de qualquer outra profissão, conseguiria fazer eleger-se o orador de preferência a qualquer outro, pois não há assunto sobre que ele não possa discorrer com maior força de persuasão diante do público do que qualquer profissional. Tal é a natureza e a força da arte da retórica! Contudo, Sócrates, a retórica precisa ser usada como as demais artes de competição; essas artes não devem ser empregadas indiferentemente contra toda a gente; o pugilista, o pancratiasta ou o lutador armado, porque em sua arte contam com a prática e se tornaram nesse terreno superiores a amigos e inimigos, não deverão, só por isso, bater nos amigos, feri-los, nem matá -los. Nem, por Zeus! no caso de haver alguém freqüentado o estádio e se tornado robusto e hábil boxador, e que depois venha a bater no pai ou na mãe, ou em qualquer parente ou amigo, não é por isso, dizia, que devemos perseguir os professores de ginástica e de esgrima, e expulsá-los da cidade. Pois estes transmitiram a outros seus conhecimentos para serem usados com justiça contra inimigos e ofensores, e apenas em defesa própria, não para atacar. Os alunos é que perverteram esses ensinamentos e empregaram mal a própria força e habilidade. Os professores não são ruins nem é má em si mesma a arte, ou responsável por tais abusos, mas, segundo penso, os que não a exercem devidamente. Idênticos argumentos va lem para a arte da retórica. É fora de dúvida que o orador é capaz de falar contra todos a respeito de qualquer assunto, conseguindo, por isso mesmo, convencer as multidões melhor do que qualquer pessoa, e, para dizer tudo, no assunto que bem lhe parecer. Porém não será por isso que ele irá privar o médico de sua fama — o que lhe seria possível — nem qualquer outro profissional. Pelo contrário, deverá usar a retórica com justiça, como qualquer outro gênero de combate. Se um indivíduo que se tornou orador vier a fazer mau uso da força e da habilidade, não é seu professor, quero crer, que deverá ser perseguido e expulso da cidade. O professor transmitiu seus conhecimentos para serem bem aplicados; foi o aluno que fez mau uso deles. Esse, por conseguinte, que os aplicou mal, é que merece ser perseguido, expulso ou morto, não o professor
quinta-feira, 8 de janeiro de 2009
Critérios do CA Filosofia para conceder título de pesquisador IA
1 – livros: distinguidos em várias categorias (autoral, divulgação, organização), 1 (um) livro autoral a cada 5 (cinco) anos e 1 (um) de divulgação a cada 3 (três) anos, sem maior precisão quanto aos livros organizados pelo pesquisador, em razão de sua natureza eventual;
2 – capítulos de livro: 1 (um) a cada 2 (dois) anos;
3 – artigos: 2 (dois) por ano;
4 – teses e dissertações: 3 (três) orientações em curso no ano;
5 – congressos: 1 (um) congresso nacional por ano; 1 (um) internacional a cada 2 (dois) anos.
Não será auferido o impacto das publicações, inexistente na área.
A realização in totum desses parâmetros não é obrigatória, podendo haver compensação entre uns e outros, a juízo do CA.
quarta-feira, 7 de janeiro de 2009
É possível mensurar a justiça?
Além de se constituir uma difícil pergunta filosófica, a pergunta pela justiça também se constitui como um questão de natureza distributiva e, portanto, uma questão de natureza econômica. Nos tempos de Sócrates, quando as cidades eram menores e as sociedades mais simples, as questões distributivas eram mais claras e se podia, quiçá, apelar ao evidente e ao manifesto. Contudo, nas sociedades atuais, complexas e multifacetadas a questão da realização da justiça econômica não é tão simples. Ela exige que se mensure variadas facetas da vida econômica moderna, cujos principais elementos são intangíveis. Por exemplo: oportunidade. Sem dúvida que faz parte de um ambiente econômico sadio e de uma sociedade justa que hajam oportunidades para os mais capazes, da mesma forma que hajam oportunidades aos que têm menos. Falar em justiça econômica nas sociedades atuais não é apenas falar em renda per capita, PIB ou coeficiente de Gini, uma vez que o acesso às oportunidades constitui papel central na realização da justiça.